Este foi dos verões mais difíceis para mim – cheguei a ficar preocupada fisicamente comigo e a pensar que os 30 já me estavam a pesar [sou dramática, eu sei] mas depois li que foi o Agosto mais quente dos últimos sei lá quantos anos – mais dos que eu sou nascida – e descansei. Não estou tão velha assim, graças a Dios. Mas a verdade é que, fruto de viver com tensão muito baixa, lido bastante mal com o calor. Daí que ter passado o verão a trabalhar (numa sala com ar condicionado, claro) num projecto não me tenha pesado assiiiiiiiiim tanto – só me queixava para as pessoas não acharem que estava parva.
– Vamos à praia, Lena? – xiiii não posso, tenho de trabalhar. Vão andando e eu vou lá ter ao fim do dia para dois dedos de conversa.
– Vamos almoçar à esplanada? – Epá, não dá, tenho de trabalhar mas podemos jantar, não?
– Vamos passar o dia à Comporta? – Eu queria, mas não posso perder um dia inteiro. Mas quando voltarem, vamos ao cinema.
Estas foram algumas das desculpas que dei – não eram tão infundadas assim, estava mesmo a trabalhar e não podia perder o fio à meada. Mas, na verdade, o calor estava a matar-me aos poucos.
Tinha muita falta de ar, tensão baixa, tonturas e isso também não ajuda com a ansiedade. Depois a terapeuta explicou que, afinal, isto é bem mais frequente do que eu imaginava. Beber muita água ao longo do dia, dormir cedo e comer mais acabou por ajudar. Mas dou por mim muitas vezes a pensar como raio vou sobreviver se o aquecimento global tornar os nossos verões em algo pior do que já foi este para mim.
Disseram que este será dos invernos mais frios dos últimos tempos – yey, viva o frio, os pijamas polares, os aquecedores, chás quentes e as mantas – e, embora todos me estejam a odiar, anseio por isso. Preciso de tréguas do calor jeeeeezus.
Estas fotografias foram num raro momento de café em pleno sol às três da tarde… mas porque já esta fresquinho, fresquinho. Yey!
Fotografias tiradas por Faz de Conta Fotografia e moi-même
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