Estas fotografias foram tiradas no último dia de férias – dá para ver pelo meu ar deprimido nostálgico. Podia viver aqui para sempre porque tinha tudo o que precisava: paz, inspiração, um monte de perder vista para pensar e silêncio. Aquele silêncio que em Lisboa não se consegue sentir nem à noite. E embora eu seja (bastante) citadina, percebi que o campo me faz melhor à alma para escrever e me isolar dentro de mim própria.
Não me vou esquecer do conforto que era acordar, comer e ir sentar-me na relva de frente para o sol, para o monte e para o céu. Estava em tal sintonia com o mundo e comigo que me sentia completamente outra pessoa.
Mas porque só podemos dar valor a estes momentos porque não os temos todos os dias, voltei para Lisboa com a mala cheia de sonhos, ideias e inspirações para por no papel.
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