Há uma diferença entre comunicar e mostrar. Eu queria comunicar (e inspirar) com uma série de fotografias da (minha) vivência Rock in Rio e não apenas mostrar que lá tinha estado (com meia dúzia de fotografias tiradas com o iPhone). É por isso que todas as fotos vieram com um delay de dois dias: há que escolher, editar e publicar. E a minha ideia inicial era fazer um mero diário do Rock in Rio, talvez algumas imagens que pudessem transmitir (a quem não foi) o espírito dos dias, talvez inspirar para uma futura ida a um festival, ou simplesmente respirar um pouco mais da festa. Mas enquanto andei lá nestes dois primeiros dias, acabei por pensar noutras coisas.
Há algo que estou sempre a transmitir – o trabalhar-se um blogue com uma estratégia. É por isso que não torno este site num catálogo. Procuro sempre que tudo aquilo que partilho tenha uma história por trás, sejam coisas de que realmente gosto e que façam parte da minha vida. Há dois anos, tinha eu acabado de criar este blogue, ainda não pensava nestas coisas, é verdade. Não sabia o que queria fazer, tinha acabado de ficar desempregada (podem ler a minha história sobre ser freelancer aqui) e só queria simplesmente poder fazer qualquer coisa para me ocupar.
Contra todas as expectativas, a Oriflame (com quem já tinha uma relação especial porque tinha ido para a Suécia com eles nesse ano), abriu-me as portas e levou-me a fazer parte da família Oriflame no Rock in Rio 2014. Se forem ver os meus posts dessa altura, não dizem nada de jeito. São meros posts da minha roupa durante os dias do festival porque nem eu sabia o que fazer. Mas isto para vos dizer que uma das coisas mais importantes na vida é criar relações, qualquer que seja a área em que vocês coabitem. Agora, já com um blogue consolidado e com outros projectos e metas pela frente, nunca me esqueço de quem me deu a mão quando não tinha nada, quando ninguém me lia e isto era apenas uma ideia de um blogue.
A família Oriflame é um dos exemplos e estava mais do que ansiosa para lá passar no stand deles na Rock Street. Não só para rever as pessoas que tanto me acarinharam há dois anos mas, acima de tudo, para poder espreitar o que tinham feito este ano e de que forma estavam a incutir uma ideia de beauty num festival.
E é isso: Rock in Rio é mais do que música, é toda uma experiência sensorial a todos os níveis. É ver pessoas a rir, a chorar, a dançar, a beijar, a pular. É experimentar penteados e maquilhagens diferentes, sentirmo-nos mais bonitas até. É sentir que fazemos parte de algo maior do que nós, que transpiramos as mesmas emoções e que vibramos com as mesmas coisas. E torna-se especial quando partilhado com pessoas de quem gostamos e que acabam por fazer parte da nossa história. No outro dia falei-vos de uma série de memórias que tinha de cada ano de Rock in Rio a que fui e este ano não fugiu à regra: pessoas de que gosto, boa música e (pelo menos este fim-de-semana) muito calor.
Fotografias tiradas por Faz de Conta Fotografia.
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