Apesar de ter feito a minha lista de verão em Junho – e já vou quase a meio – há uma coisa que não dispenso nas férias: livros de bolso. E este amor aos livros pequenos já vem da minha infância; das memórias que tenho da minha mãe debaixo das parreiras de uvas verdes a ler os seus romances de verão quando passávamos férias na casa dos meus avós. Acho que começou aí esse fascínio pelos livros de bolso que só a via ler no verão. Eu chamava-lhes mesmo livros de verão.
Claro que, no dia a dia, levo os meus livros para todo o lado. Dentro da mala, do carro, da minha mochila do computador. Nunca saio de casa sem o livro que estou a ler no momento. Mas abro sempre uma excepção nas férias. O verão é para livros de bolso cheios de areia lá dentro, amachucados por andarem nas viagens e páginas dobradas antes de mergulhos no mar.
Uma das coisas que mais me dizem quando falo em livros de bolso é que não se encontra nada de jeito em formato pocket. E se imaginam que livros de bolso são só aqueles romances dos anos 90, acho que isso é um conceito que ficou no passado – lá com a minha mãe debaixo da parreira a ler romances com capas sempre muito sugestivas (lembram-se?).
Aos dias de hoje, muitas editoras já fazem muitos livros de sucesso em formato pocket também. Basta ir ao corredor de livros do Jumbo para ver toda uma secção dedicada a eles. E não são só dos anos 90, acreditem. Há para todos os estilos – thrillers, espirituais, romances, clássicos, tudo.
Porque os livros de bolso são melhores nas férias?
Pensei em quatro razões que sintetizam este meu amor e que mostram que isto é muito mais que uma mera nostalgia veranil.
O óbvio: são mais leves Para quem viaja com filhos e mil e uma coisas, os livros de bolso ocupam menos espaço. Já tinha falado disso em 2017 quando mostrei a minha arrumação de viagem e lá estavam três livros de bolso na mala. Podem ver aqui. Sem me aperceber, este ano voltei a pegar no Great Gatsby para estas fotografias, o que mostra como, inconscientemente, este amor ao Jay continua cá bem gravado. E o Gatsby é uma leitura tão apropriada para as férias.
São os melhores amigos dos paranóicos (como eu) Que é como quem diz: quem tem uma biblioteca em casa e nem pensar em estragar os seus livros (podem ver a minha aqui), levá-los para a praia e em viagens atafulhados em malas, os livros de bolso são uma solução bastante prática. Lembrem-se que vão ficar com areia, todos amarfanhados e, porque nunca se sabe, até molhados.
Permitem ler em andamento Não é o meu caso – que amo um bom livro grande, maçudo e pesadão – mas há um conforto extra em ter um livro pequeno que dá para ler em qualquer lado: de barriga para cima na piscina, deitada de lado na areia à sombra do chapéu, durante as viagens de comboio e avião, nos jardins, nas esplanadas, enquanto os filhos estão entretidos a fazer castelos na praia… Porque não pesam, são práticos de ler só com uma mão e podemos levá-los para qualquer lado.
E são muito mais baratos Se estão indecisos se vão gostar de um livro, comprem a sua versão pocket (se houver, claro). Este ano trouxe vários do Jumbo para juntar aos que já tinha do ano passado e podem ver como é uma seleção variada. Os preços rondam entre os 5€ e os 10€, havendo uns mais baratos até. Comecei a ler na praia o Boleia Arriscada de Stephen King porque há uns meses li A Hora do Vampiro e amei. E este é delicioso em férias porque é uma compilação de vários contos: todos cheios de suspense e meio assombrados. Entretanto falaram-me tão apaixonadamente do Joyland que estou louca para lhe por as mãos também. Estes foram os que trouxe este ano para juntar aos dois que já tinha do ano passado. Como veem, para todos os gostos e tipos de leitores – dos mais românticos aos amantes de clássicos. E para quem é mesmo eclético, como eu, em que vale quase tudo 🙂 Podem encontrar todos estes livros que escolhi e muitos mais – uma seleção enorme de livros de bolso – no corredor de literatura do Jumbo.
Boas leituras de férias!
Artigo escrito em exclusivo para Auchan.
Comments