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Foto do escritorHelena Magalhães

o amor é outra coisa #21 Sábado à noite, uma discoteca e um idiota


Lembram-se do idiota do Swag On?

Então não é que o vi no sábado à noite? E confere – continua idiota.

Estava a jantar no Cais do Sodré com umas amigas e, sejamos honestos, 6 mulheres juntas chamam a atenção. E eis que ele aparece no restaurante em que estávamos, entra por ali dentro, olha-nos de cima abaixo, mete os olhos em mim e tem um pequeno momento de trombose mental em que percebi que ficou a pensar se eu era quem ele achava que era, e virou-nos as costas.

Faltava explicar que, depois de ter escrito aquele post em Agosto, apaguei-o do Facebook. Hi hi hi.

Nem vos consigo dizer o quanto nos rimos quando fomos ler o outro post só para podermos voltar a ler a troca de mensagens que tive com ele pelo Facebook.

E ele lá estava, todo gingão, volta e meia a olhar para trás – para nós.

“Vimos o teu amigo idiota do Swag On” – disse eu numa mensagem para a nossa amiga que, algures a meio do verão, teve a infelicidade de o conhecer. Para quem não leu o post que já tinha feito sobre este palerma – ele meteu-se com uma amiga, prometeu-lhe mundos e fundos, levou-a para a cama e desapareceu. E depois, não sabendo que nós éramos amigas, veio meter-se comigo. E entre todos os tipos de idiotas que podem existir no mundo, este é especialmente a espécie de idiota que mais nojo me mete. Porque homens de 30 anos que se continuam a comportar como se tivessem 20 existem aos pontapés. E infelizmente continuam a conseguir enganar mulheres com muita facilidade.


Saídas do Cais do Sodré fomos ao Lux e – sim, claro – ele lá estava na sua pose de copo na mão e a outra no bolso, encostado ao balcão. Sempre a olhar em volta, a mirar, a inspeccionar. E deu de caras novamente connosco.

Ah ah!

Pus-me a olhar para ele. E a dada altura, não sei se ele estava entusiasmado – porque estava literalmente com as antenas no ar – ou se simplesmente já não se lembrava de mim e estava a pensar que qualquer uma de nós poderia ser mais uma pateta numa discoteca num sábado à noite a quem ele poderia dar uma conversa.

No auge da troca de olhares, desapareci e saí porta fora. Na verdade, estava cheia de sono e só me queria ir embora. Mas ainda não tinha chegado a casa e já ele estava a adicionar-me novamente no Facebook.

E esta é a parte em que me pergunto o que é que idiotas como este têm na cabeça. E como – meu Deus como – é que conseguem enganar mulheres. Às vezes, enquanto ouço amigas falar ou leio os vossos emails, gostava de vos conseguir passar, telepaticamente, alguns dos meus pensamentos. Porque é muito fácil distinguir estes tipos a léguas e, assim, evitar muitas dores.

Uma das coisas que estou sempre a dizer é: gostem mais de vocês. Vejam as mulheres que são. Interiorizem o potencial que têm. E o quão um homem tem a ganhar por estar convosco. Quando começarem a olhar para vocês com olhos de ver – e a repetir para vocês próprias: eu sou um bom partido – não vão sequer abrir espaço de manobra para que idiotas entrem pela vossa vida.

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