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Foto do escritorHelena Magalhães

o amor é outra coisa #20 Não se deixem enganar pelo amor à primeira vista


A beleza está no interior. E isto é a frase mais cliché e estúpida que estamos constantemente a ler nos livros de auto-ajuda emocional que nos vendem banha da cobra. Mas o que vos vou dizer hoje é que, na realidade, a beleza está mesmo no interior. E antes que fechem já esta janela – caaaaaalma que isto vai valer a pena de ler.

Há uns tempos, uma amiga falou-me no irmão e mostrou-me a fotografia dele. Num primeiro relance, não lhe achei piada. Não é daqueles tipos que, se passasse por mim na rua, me faria olhar duas vezes para trás. E não pensei mais no assunto até, quando estive em Madrid, o ter conhecido pessoalmente. Imensos estudos espalhados por essa internet fora dizem que demoramos um quinto de um segundo a interessar-nos por alguém. E eu sou altamente defensora da estupidez desta ciência. Ao fim de 1/5 segundos com ele, continuei a pensar exactamente o mesmo que havia pensado quando o vi em fotografias: não tinha piada.

Mas quatro dias volvidos a conviver com ele – acreditem – a minha opinião mudou radicalmente. Não só comecei a vê-lo com outros olhos, como também consegui perceber de onde lhe vinha o charme na sua maneira meio atarantada de ser. É atencioso, simpático, estupidamente engraçado e é fácil conversar com ele.

E isto é uma teoria muito mais interessante para se defender do que as balelas dos 1/5 segundos. Nunca vos aconteceu estarem deslumbradas com um homem e, depois de o conhecerem, perderem o interesse? A imagem de alguém pode interessar-nos mas é o interior que cria conexão. Já perdi a conta à quantidade de tipos bonitos que, depois de conhecer, perderam toooooda a beleza que via neles.

É exactamente aqui que quero chegar – não deixem que as impressões que criam à primeira vista vos toldem as oportunidades. Mesmo que alguém não pareça ser aquilo que procuram, dêem uma chance, conheçam essa pessoa, aceitem aquele jantar/café que andam a enrolar porque não sabem como dizer que não. 

Porque os clicks surgem quando menos esperamos e com pessoas que, antes, não nos diziam nada.

E isto também serve para nós todas: não se fechem, sejam vocês mesmas, mostrem como realmente são – sem vergonhas e sem complexos. Não tentem ser uma personagem de vocês próprias porque, desta forma, não vão deixar que ninguém vos conheça.

E, voilá, os clicks perdem-se assim.

Mais alguém concorda comigo? Contem-me as vossas histórias, por comentário ou por email. Tenho adorado ler as histórias que me mandam e ando a tentar responder a toda a gente 🙂

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