Madrid é uma das minhas cidades favoritas – so far. Foi a cidade para onde viajei pela primeira vez totalmente sozinha, all by myself, solita. E eu sou uma pessoa um bocado, vá, medricas. Por isso, esta é uma cidade que tem em mim um impacto grande por me lembrar, sempre que cá venho, de que posso fazer tudo aquilo que eu quiser. E sozinha, se assim tiver de ser. Tendemos a apoiar-nos nas pessoas que nos rodeiam, nos nosso amigos, na nossa família, mas quando nos vemos sozinhos, sem nenhuma bengala ao nosso lado, apercebemo-nos de que há milhões de oportunidades à nossa volta e da solidariedade monstruosa que existe entre todos nós. Viajar sozinha era, no passado, um terror por me imaginar completamente sem ninguém à minha volta. Mas estar sozinha mostrou-me que, afinal, nunca estamos sozinhos. E que não há barreiras para o ser humano neste pequeno planeta.
Por outro lado, já cá estive umas oito ou nove vezes e, como já falei aqui taaaaanto, Madrid traz-me boas lembranças de uma fase da minha vida beeeeeem longínqua mas que, vista a esta distância, me fez bem.
Por isso, gosto sempre de voltar. Desta vez, teve um encanto especial por a ter partilhado com outras pessoas com as quais nunca o havia feito: a minha amiga de coração ma linda Salomé (que está lá a viver) e a Leninha (Devil Wears Louboutin) que se juntou a mim para ir visitar o irmão que, afinal, se revelou alguém divertido e tornou os nossos dias muito mais animados. E quando voltamos a uma cidade que já conhecemos, os recantos tornam-se nostálgicos, as ruas já não são todas novas, os cheiros trazem-nos lembranças, os sons voltam-se a avivar na nossa memória e deixamos de ser meramente turistas. A cidade torna-se nossa e nós tornamo-nos a cidade.
No primeiro dia, passámos a tarde no Parque de El Retiro até ter começado a chover e nos termos refugiado numa pastelaria antiga a comer croissants quentes. Andámos por todas as ruas do centro, da Gran Via à Plaza del Carmen, da Calle Montera à Plaza Mayor e à Puerta del Sol e chegámos a casa literalmente arruinados das pernas. Subimos e descemos tantas vezes que já quase sabia fazer aquele caminho de olhos fechados. Ainda tive tempo de parar numa feira antiga mesmo em frente ao Retiro para ver livros, passámos pela Chueca e jantámos no mercado de San Antón. O primeiro dia foi, como teria de ser, dedicado a algumas das zonas obrigatórias a passar por Madrid. E para não vos chatear mais com descrições e emoções, aqui ficam algumas fotografias.
FYI: Botas, golta alta e casaco da nova colecção Jumbo Moda que sai esta semana; Jeans, Salsa; Sunnies, Parfois, Mala, Blanco.
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