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Foto do escritorHelena Magalhães

Enigma Lisbon






E se estivessem fechados numa sala e, para a abrir, tivessem que desvendar vários enigmas?

Eu adoro fazer coisas que coloquem à prova não só a minha personalidade mas, acima de tudo, a minha ansiedade. Parte de viver condicionada q.b também passa por me expor a coisas e conseguir controlar a minha mente. O ano passado, fui à Casa Assombrada de Sintra. Foi uma experiência bizarra porque, perante o medo, as pessoas transformam-se e, naquela situação, onde só dependemos de nós próprios e de quem está ao nosso lado, é incrível como as pessoas se unem e se apoiam incondicionalmente umas nas outras. Não gostei do jogo em si – achei que estava mal organizado e muito fraquinho perante as expectativas – mas gostei da experiência pessoal que vivi.


Este fim-de-semana, fui ao Enigma Lisbon, um jogo de fuga onde, basicamente, dependemos da nossa cabeça para resolver os mistérios que nos abrem as portas. E o que mais me fascina nestas experiências é a força que o espírito de equipa tem. Muitas vezes achamos que só precisamos de nós próprios mas, para tudo na vida, isso é bullshit. Este é um jogo onde temos que nos concentrar para conseguir resolver os enigmas. É um mix de perspicácia com várias cabeças a pensar e a dar palpites. 

Nós escolhemos o jogo do Homicídio na Revolução dos Cravos porque, amante de história, queria estar envolvida nesta experiência que se foca na premissa: quem matou Jorge da Silva no dia 25 de Abril de 1974? E porquê? As pistas vão aparecendo com cofres para abrir, cartas para descobrir e códigos para desvendar. No fim? Só conseguimos sair das salas quando descobrimos tudo.

O jogo dura 60 minutos e, embora tenhamos bloqueado na última pista, acabámos por a conseguir resolver. Saímos do jogo ao minuto 58 🙂 Yey!

Eu adorei! E é giro a forma como reagimos a imensas coisas. Sempre fui boa a matemática (tive 18 na faculdade hein) e, por isso, quando percebemos que tínhamos de fazer uma conta, armei-me em chica esperta e agarrei logo nos papéis e comecei a fazê-la à mão. Os números não batiam certo e no fim percebemos que, com o stress de ser rápida, ao invés de uma soma tinha feito uma subtração. Estamos tão habituados a fazer contas com o telefone que, com papel e caneta, ficamos parvos.

É uma experiência óptima para fazerem com amigos, com a família, com colegas de trabalho e colocarem à prova a vossa capacidade de pensar e reagir em situação limite. Para mais informações, vejam o site do Enigma Lisbon.

Nota: não há quaisquer riscos. Todas as salas têm câmaras de filmar (como podem ver na imagem nossa na câmara) e a equipa por detrás do jogo fica a ver tudo. Em qualquer circunstância (pensei que pudesse ficar claustrofóbica, por estar fechada, mas estava tão concentrada nas pistas que não tive tempo para pensar nisso) podem avisar, parar o jogo e sair das salas.










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