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Foto do escritorHelena Magalhães

Como ter (e cuidar) de um jardim em casa


Quando mudei de casa, alguém no Facebook disse, num comentário, que agora que a casa era minha ia virar uma fada do lar. Eu ri-me e pensei para mim própria que isso estava longe de acontecer. Até que dei por mim a comprar plantas e – pior – a plantá-las. Quando era miúda, lembro-me de rezingar sempre que o meu pai me pedia para regar as plantas lá de casa e das escadas do prédio. Achava-a a tarefa mais aborrecida de sempre e gritava que não sabia porque razão alguém iria querer tantas plantas em casa. Até que me tornei numa dessas pessoas.

Para quem tem pouca mobília – como é o meu caso – as plantas acabam por ser uma forma de dar vida às divisões e – isto é uma opinião pessoal – criam um ambiente mais tranquilo e menos propenso à ansiedade.

Nestes últimos meses, tenho andado de volta da jardinagem e como me têm pedido tanto no Instagram para mostrar mais da minha casa e como estou a cuidar das plantas – por não ter varanda e, acima de tudo, a forma como os gatos lidam com elas – andei a fotografar e a organizar as ideias. Tudo o que tenho feito, na verdade, tem sido muito por tentativa e erro e, claro, por ligar quinhentas vezes à minha mãe.

A primeira planta que entrou cá em casa foi um pau de água, que viveu em casa dos meus pais provavelmente tantos anos quanto eu. A minha mãe apareceu com ele ainda durante as mudanças, quase numa de: toma, agora é tua responsabilidade. E eu fiquei fascinada. Andei a colocá-lo de divisão em divisão, a ver onde é que ficava melhor, até que decidi que ele precisava de sol e o coloquei ao lado do sofá. Comecei a cortar-lhe as pontas das folhas secas, a lavá-las e a borrifá-lo de água porque estava imenso calor. De repente, começou a ganhar novas folhas e foi como se tivesse a fazer nascer qualquer coisa. Fiquei absolutamente histérica e sei que isto não faz sentido nenhum mas é assim… há uma primeira vez para tudo!

Depois disto fui ao Ikea e comprei três plantas: uma palmeira e duas outras que não faço ideia o que são mas caem pelos vasos abaixo. É a que está pendurada no tecto em cima de mim.



Isto foi o gatilho para toda uma paixão por aquilo que sempre odiei a vida toda: plantas. E foi aqui que fui aprendendo mesmo sozinha. A palmeira do Ikea vinha com fungos (penso que talvez seja normal neste tipo de plantas exóticas) e, mesmo depois de a mudar de vaso e borrifar com spray para bichos de plantas, está a morrer. Neste momento, está nas escadas do prédio porque comecei a pensar que poderia contagiar as outras. A outra não se deu bem na minha casa, replantei-a com cuidado (e com a ajuda da minha mãe) e agora está na cozinha (vejam nas fotos mais abaixo) a ver se sobrevive. E só esta que está em cima de mim realmente cresceu e está linda e enorme (vejam fotos mais abaixo).

Onde comprar boas plantas e material de jardinagem

Como não tive muita sorte no Ikea, fui ver o Jumbo e achei a qualidade e o preço apelativos. Comprei uma Codiaeum (do Brasil, conhecida por ter folhas roxas exóticas e bonitas mas que se dão bem em casa se estiverem ao sol) por 5€ e a mesma planta custa 35€ no Ikea (no futuro partilho se ela se deu bem aqui em casa, ou não). Encontrei também vasos de barro (iguais aos do Ikea) um pouco mais baratos no Jumbo – além de que têm outros modelos, como os redondos (que trouxe para plantar qualquer coisa).


Estive no fim-de-semana a plantar Amores Perfeitos (que podem ser plantados no Outono). Óbvio que não fazia ideia como se plantavam e andei no Google a ver. Estão agora tapados com papel prata até começarem a nascer e só nessa altura (mais ou menos uma semana) podem ser expostos ao sol. Quando já estiverem altos, poderei então mudar para um canteiro mais largo (que ainda não tenho mas já estou a fazer planos hihihi). Comprei também Oxalis mas já em casa é que vi que só podem ser plantados na primavera para dar flor no verão. Voltei a arrumá-los e no próximo ano planto. 

Trouxe também terra natural e um alimento para plantas, uma espécie de vitaminas para regar duas vezes por mês (agora no outono e inverno) e uma vez por semana (na primavera e verão). Também aqui tenho uma série de outras coisas como menta (para fazer chá) e mais sementes para ir plantando quando comprar mais vasos (salsa, coentros, etc podem ver alguns aqui) e para ter na cozinha.



A forma como divido as plantas é simples: na cozinha tenho as que precisam de apanhar muita luz o dia todo para crescer (como a do Ikea que mudei de terra e agora está lá para, ao sol, ver se volta a ganhar força. Podem ver na foto, em baixo, como está pequenina e é uma irmã da que tenho pendurada na sala que, por sua vez, está grande e forte) e a Citrina (que tem de estar numa divisão com muita luz mas sem ser directamente ao sol). E, claro, as plantas que gosto e “roubo” aos vizinhos (e que a minha mãe me incentivou a fazer, atenção): corto um braço e meto em água ao sol. Ao fim de duas ou três semanas deve começar a nascer uma raiz e, nessa altura, pode-se então plantar na terra para começar a nascer a partir daí. Isto é horrível? Acho que não. Os vizinhos nem dão por falta daquele bracinho e é uma espécie de solidariedade na jardinagem.



Quanto aos meus gatos… claro que os gatos ficam absolutamente parvos com as plantas. Andam de volta delas, cheiram-nas e lá vão dando umas trincas aqui e ali. Acho que tive sorte porque eles não mexem na terra, não a tiram dos vasos, nem andam a puxar as plantas. Mas estou constantemente a ralhar com eles quando estão a aparvalhar.



Que outros sítios recomendo para comprar plantas? O Horto do Campo Grande e o Jardim Primavera (na rotunda do Ramalhão, embora a este ainda não tenha ido). Mas no Jumbo acaba por ser mais prático pela variedade de coisas que se encontram – vasos, sementes, adubos, fortificantes, entre tantas outras coisas que ainda nem consegui explorar direito.

O Ikea, por seu lado, tem uma variedade de vasos decorativos interessante (tenho vários) e comprei lá também os bancos de madeira (acho que foram 5€ cada, bastante acessíveis para o seu fim) onde coloquei os vasos (para não estarem no chão ao nivel dos terroristas dos gatos).

Ainda não estou na fase de falar com elas – como toda a gente me diz para fazer – mas hei-de lá chegar 🙂




Artigo exclusivo para Auchan.

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