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Foto do escritorHelena Magalhães

Clássicos para quem acha que os clássicos são chatos


Eu vejo este tema dividido em duas fatias: por um lado, quem ouve a palavra clássicos e imagina logo calhamaços do tempo da maria cachucha e chatos para caraças. Por outro, quem só gosta de dizer que lê clássicos porque isso fica sempre bem e dá-nos um ar de intelectuais (o que, nos homens, é capaz de funcionar para o engate, como o Mr. Likes).


De uma maneira ou de outra, há clássicos que quem os acha chatos vai mudar de ideias e quem gosta de dizer que os lê só para ficar bem na fotografia pode realmente ler. Porque, em ambas as situações, vão ficar rendidos e passar um bom bocado. Além disso, ler clássicos é como viajar e aprender um pouco mais sobre cada país. Não há quem pense no Brasil sem pensar em Machado de Assis ou Guimarães Rosa. Nos Estados Unidos há nomes como Harper Lee, Fitzgerald ou Hemingway. E pensar em américa-latina é pensar em Gabriel García Márquez. Se viermos para a Europa, a literatura é imensamente rica. Podemos ir à Russia (Tolstói, Vladimir Nobokov), a França (Victor Hugo, Simone de Beauvoir), a Espanha (Carlos Ruiz Zafón). Se pararmos no Reino Unido, somos capazes de lá ficar uns anos: Jane Austen, Shakespeare, Dickens, Tolkien, irmãs Bronte, Thomas Hardy… a lista é infinita.

E também o nosso Portugal tem uma riqueza inestimável no que toca a clássicos que não, não são chatos. E se vocês são daquelas pessoas que leram os resumos dos Maias, saiam já daqui. Eça de Queiroz, Agustina Bessa-Luís, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner, Camões, Camilo Castelo Branco… Por amor de Deus, não morram sem ler, pelo menos, um livro de um destes escritores portugueses.

Começo esta viagem literária pelo mês de Abril – mês dos livros – com algumas sugestões de clássicos o-b-r-i-g-a-t-ó-r-i-o-s! Uns mais antigos do que outros. E que – acreditem em mim – não são chatos.

Estes estão em promoção esta semana no site da Fnac:


1) Sunset Park de Paul Auster; 2) As Ilhas Desconhecidas de Raul Brandão; 3) O Estrangeiro de Albert Camus; 4) As Meninas de Agustina Bessa-Luís; 5) Carta de Uma Desconhecida de Stefan Zweig; 6) O Poder e a Glória de Graham Greene.

Estes não estão em promoção mas valem a pena o investimento:


1) Sensibilidade e Bom Senso de Jane Austen; 2) Vai e Põe uma Sentinela de Harper Lee; 3) Dom Casmurro de Machado de Assis; 4) Longe da Multidão de Thomas Hardy; 5) O Amor nos Tempos de Cólera de Gabriel García Márquez; 6) O Romance de um Homem Rico de Camilo Castelo Branco.

Gosto, gosto, gosto de receber sugestões porque uma pessoa não encerra em si todo o conhecimento do mundo. Se tiverem dicas, recomendações ou livros que vos marcaram de uma forma especial, enviem-me por comentário ou email 🙂

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