Cidades de Papel foi o primeiro livro que li de John Green – não pelo conteúdo mas mais pelo buzz todo que existe em redor do autor. E estava com tanta expectativa que, infelizmente, saí desiludida. Não me identifiquei com os personagens – demasiado infantis – e com a história em si. Caso ainda não tenham lido saiam já daqui porque vou avançar com alguns spoilers.
Se só viram o filme – a adaptação fugiu um pouco ao livro e os realizadores alteraram muitas cenas, inclusivamente o final. Mas todo o enredo Quentin / Margo é pouco explorado e foca-se na visão de um jovem de 16 anos e na sua paixão pela sua vizinha misteriosa que desaparece e deixa uma série de pistas para ser encontrada. Mesmo o próprio filme tem actores demasiado novos em comparação com o papel feminino interpretado por Cara Delevingne e não consegui criar conexão entre eles quando o Quentin parece ter 15 anos e a Margo 20.
Gostei da história das próprias Cidades de Papel – que não fazia ideia o que eram: cidades falsas criadas pelos cartógrafos e que eram colocadas nos mapas para se perceber quando eram feitas cópias piratas. No livro de John Green, a história acaba com Margo escondida em Agloé, uma cidade de papel em Nova Iorque. E por lá acaba por ficar sozinha porque Quentin vai à sua vida – não podendo partilhar do mesmo objectivo de vida que a sua amada misteriosa tem e que não inclui faculdade, carreira, casamento, filhos e um final feliz.
Gostei do facto do final não ser o cliché viveram felizes para sempre – mas dei por mim a ler o livro já só para perceber onde é que ia terminar mas sem me sentir sequer agarrada às personagens. A Margo poderia estar morta que eu não ia ficar mais triste com isso. Não me arrebatou, não me transportou para aquele universo e não me deixou a pedir mais.
Cidades de Papel de John Green, publicado por Editorial Presença.
Já leram? O que acharam?
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