Eu nunca fui uma pessoa de grandes gestos de Natal. Lembro-me que, ainda em criança, pedia sempre um grande presente – grande em amor e não em valor – que era aquele que eu mais queria entre qualquer outra coisa (houve um ano que foi a Barbie patinadora, outra que foi o vídeo das Spice Girls ao vivo em Instambul). Depois, com o tempo, começou a chegar a fase da roupa, dos CD’s, do dinheiro, dos livros, dos produtos de beleza… Nunca fui uma pessoa de receber três, cinco, dez presentes. E sempre achei esse acto demasiado supérfluo.
Então, quando pensei em algo que pudesse ser um encontro de pessoas com quem me identifico e com presentes de que gosto para celebrar o amor, a amizade e o natal, lembrei-me de um brunch de Natal. Escolhi o Ritz por ser um dos sítios mais icónicos de Lisboa e, quem me lê, sabe o quanto falo da cidade. Um pouco fora do contexto mas em género de informação, o Ritz começou a ser planeado em 1912, dada a necessidade de um grande hotel na capital, mas só em 1940 (por altura da Exposição do Mundo Português de que falei aqui) a ideia começou a ganhar corpo. Depois de várias tentativas que acabaram em abandono, em 1952 o próprio Salazar decidiu conduzir o projecto que acabou por ficar concluído em 1955. O local foi escolhido com o objectivo de proporcionar uma vista sobre o Parque Eduardo VII e a cidade. E ainda hoje, a vista dos terraços do Ritz é abismal. E o brunch… ficam as fotos para abrir o apetite (realiza-se todos os sábados e domingos, aberto ao público em geral).
Depois, a escolha da Fnac para uma troca de presentes nem precisa de ser explicada. A coisa que mais prazer me dá na vida, além de escrever, é mesmo ler. E queria poder proporcionar um momento de celebração com a Fnac, entre livros e discos. Queria que todas sentissem, ao abrir o seu presente, o mesmo que eu sinto ao folhear, pela primeira vez, um livro. Aquela expectativa doce.
Convidei – para este pequeno brunch natalício – um grupo de blogues de que gosto e leio regularmente. Sabia, acima de tudo, que todas elas vibram com livros tanto quanto eu e que iria ser uma manhã divertida. Todos os presentes foram pensados ao pormenor por cada uma e o resultado foram muitas gargalhadas e emoções por, através dos blogues, se conseguirem conhecer os gostos das pessoas de uma forma tão peculiar. Eis: Sara Cabido, Marta Miranda, Catarina Costa, Joana Clara, Ana Garcês e Catarina Sousa.
Obrigada ao Ritz e à Fnac por terem prontamente aceite estas ideias e por terem ajudado a tornar esta manhã tão especial. Por mais cliché que possa ser, não há melhor presente no sapatinho que um livro e amor.
FYI: Camisola e botins da nova colecção Jumbo Moda. O livro que me foi oferecido é “O Tempo Entre Costuras” 😉
Comments